Em janeiro de 2009, o marido começa a estudar francês na AF. Determinado como ele só, conseguiu fazer as 150hrs, que na época era o mínimo exigido(básico), em 5 meses, quando o normal é fazer 50 ou 60hrs em 6meses. Ele estudava durante as manhãs e trabalhava até mais tarde durante as noites. Estava pronto para da entrada no processo, mas resolveu em setembro começar um MBA o que atrasou em 1 ano o início do processo. Porém continuou estudando o francês, mas desta vez na École Québec, uma escola especializada no processo de imigração do Québec, ensinando com uma linguagem própria, além do sotaque e expressões típicas.
Quando o MBA terminou e depois de juntar todos os muitos e muitos documentos demos entrada no processo provincial em novembro de 2010. Esperávamos ser convocados para a entrevista em no máximo 3 meses, mas parece que resolveram começar a atrasar tudo justamente na nossa vez. O processo completo, tanto o provincial quanto o federal que ao todo demorava de 8 a 10 meses, mas agora não está dando mais pra contar, pois os prazos aumentam todos os meses. Resumindo, fomos para a entrevista somente em maio.
A ENTREVISTA
Apesar de estar marcada para as 14:30hrs, o marido não foi trabalhar esse dia. Estávamos nervosos. Saímos de casa 1 hora de antes, mas como moramos perto do BIQ tivemos que esperar um tempo em um restaurante próximo até podermos entrar. Ficamos sem conversar por muito tempo devido a anciedade.
Quando, enfim entramos no escritório, sabíamos que a partir dali nenhuma palavra em português ouviríamos ou falaríamos. Então conhecemos o Monsieur Daniel LeBlanc, gentil e educado, foi pedindo para conferir nossos passaportes, certidões de nascimento, casamento, diplomas, certificados, declarações, carteira de trabalho... Quando perguntou pro marido quantos anos de estudo no total ele tinha, marido não entendeu e ele perguntou mais umas 2x e marido nervoso por não está entendendo e eu nervosa por não saber se ajudava(corria o risco de ele me chamar a atenção) ou ficava quieta. Depois fez mais algumas perguntas para nós dois e recebeu nossas respostas. Do nosso projeto com quase 100 páginas não olhou nada a não ser um coup d'oeil rapide nas ofertas de emprego. Então fez a pergunta que todo futuro imigrante que passa por essa experiência sabe responder de cor e salteado: Pourquoi le Québec? Acho que respondemos o básico mesmo, que a maioria responde, falamos sobre qualidade de vida, segurança, educação e saúde que são de qualidade e são gratuitos que o Québec proporciona para seus cidadãos. A impressora começou a funcionar e eu já fiquei feliz mas não esbocei reação, olhei pro marido e não sei se ele sabia o que estava acontecendo. M. Daniel colocou nossos CSQs na mesa e pediu que conferissemos nossos dados e assinássemos. Acho que meu marido ainda não estava entendendo o que era até M. Daniel nos entregar também o livrinho Apprendre le Québec. Fiquei orgulhosa do marido ter recebido um F, mas afinal, ele tem e faz questão de ter um sotaque lindo, porém não quebecois mais sim da França(vai entender...rss). Uma coisa que não esperávamos era o M. Daniel se interessar tanto pelo certificado de conclusão do 2° do marido por ser de Técnico Bancário. Ele até fez uma pesquisa rápida na net e entregou pro marido uns papeis sobre o grupo DESJARDINS.
Só depois que saímos de lá foi que conseguimos relaxar. Foram 45min de uma sabatina total sobre nossa vida pessoal, sobre estudos, sobre trabalho, sobre o passado e futuro; Mas fizemos bem nossa lição.
PROCESSO FEDERAL
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Prédio do consulado. |
A idéia era ter dado entrada no mesmo dia da entrevista no BIQ, mas demoramos uma semana pra fazer. Não lembro se a demora foi por causa dos antecedentes criminais de SC que não podem ser retirados pela internet. Também não tinhamos tirado as fotos ainda, e que fotos caras, viu(no primeiro local que fomos nos cobraram R$ 120,00, achei um absurdo e não aceitei. Atravessamos a rua e no segundo local nos cobraram R$ 59,00, também um absurdo mas ao menos era a metade e ainda ganhamos 2 fotos a mais de cada um).
Fui fazer o pagamento da taxa no HSBC do shopping D&D e depois atravessei para o prédio do consulado que são interligados pelo subterrâneo. Tinha muita gente lá, mas o guarda falou que eu podia passar na frente de todo mundo. Não conheci a "badalada Maura", mas quem me atendeu também foi bem simpática. Conferiu se tudo estava em ordem e me deu uma carta dizendo que os documentos tinham sido recebidos, o número do processo físico e as datas para poder entrar em contato, e de "previsão de término do processo" que seria de 12 meses. É até brincadeira, porque já estamos com 9 meses e esse prazo que antes era de 12 já subiu para 16 meses e olhe lá se não subir mais.